Em menos de uma semana depois de um forte temporal que deixou a estação de metrô Jardim São Paulo-Ayrton Senna, na zona norte, e o Beco do Batman, na Vila Madalena, zona oeste, inundados, São Paulo ainda enfrenta a ameaça de novos alagamentos.
A MetSul Meteorologia indica que haverá chuvas intensas na cidade durante os últimos dias de janeiro e começo de fevereiro. De acordo com a previsão da empresa, várias regiões do Sudeste receberão entre 100 mm e 200 mm de precipitação na última semana de janeiro e na primeira semana de fevereiro. Em certas áreas, espera-se que a chuva seja ainda mais forte, variando de 200 mm a 400 mm.
A precipitação que caiu sobre São Paulo por quase duas horas na sexta-feira passada, dia 24, registrou 125 mm, conforme informado pela Defesa Civil. Este volume está abaixo da média total para janeiro, que é de 288 mm.
“Os temporais com chuva intensa, raios e ocasionais rajadas de vento devem ser diários no Sudeste do Brasil neste fim de janeiro e na primeira semana de fevereiro”, adverte a MetSul.
“As tempestades podem vir com vendaval e ocasional granizo. Alguns desses temporais podem despejar enormes quantidades de chuva em curto período, com mais de 100 mm em apenas uma ou duas horas, assim como se viu na tarde da sexta-feira na cidade de São Paulo”.
A MetSul também projeta que tanto a capital quanto sua região metropolitana possam ter o pico das chuvas mais fortes na primeira semana de fevereiro, mas não elimina a possibilidade de grandes temporais ainda na última semana de janeiro.
No estado de São Paulo, as áreas mais suscetíveis aos temporais incluem a região central (onde fica Bauru), o leste (como São José dos Campos), o norte (incluindo São José do Rio Preto, Votuporanga e Barretos) e o litoral norte (Ubatuba, Caraguatatuba e São Sebastião), segundo informações da MetSul.
A previsão estende-se para outros dois estados do Sudeste que também enfrentarão temporais intensos nos próximos dias: Rio de Janeiro e Minas Gerais.
No estado do Rio, espera-se que a região serrana receba as chuvas mais fortes, uma área já conhecida por problemas recorrentes de alagamentos e fatalidades decorrentes das tempestades. Angra dos Reis também poderá ser severamente afetada pelas chuvas, conforme indicações da MetSul.
Em Minas Gerais, prevê-se que o sul do estado seja o mais impactado; contudo, muita chuva é esperada também para a região central e o Triângulo Mineiro.