As mudanças climáticas estão exacerbando os fenômenos conhecidos como microbursts, responsáveis por derrubar as majestosas árvores da Amazônia, revela um estudo na American Geophysical Union.
Microbursts, ou microexplosões, originam-se de nuvens cumulonimbus, notáveis por seu alto desenvolvimento vertical. Estas nuvens liberam uma corrente de ar descendente que atinge o solo com intensidade, concentrada em uma pequena área da nuvem.
A corrente descendente é descrita como “violenta”. Ela emerge de uma nuvem tempestuosa e avança rapidamente em direção à terra. Durante uma microexplosão, os ventos podem superar 200 quilômetros por hora, capazes de arrancar árvores e causar danos a estruturas.
Este fenômeno também representa um grande perigo para aeronaves durante decolagens e pousos. O impacto sonoro das microexplosões é frequentemente comparado ao barulho de um trem de carga.
Microbursts podem acontecer durante todo o ano, mas são mais frequentes no verão, quando as condições de calor e umidade favorecem a formação de nuvens tempestuosas.
Os ventos desses fenômenos se espalham horizontalmente em áreas menores que quatro quilômetros. Por outro lado, as macroexplosões, conforme a Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos EUA, acontecem quando os ventos se dispersam por regiões maiores que quatro quilômetros.